Do Silêncio ao Mindfulness

"Se não prestarmos atenção aos silêncios, ou a outros momentos das nossas vidas, estaremos a funcionar em piloto automático, a viver meio adormecidos. Quando não reparamos no que estamos a fazer, corremos o risco de reagir à vida de um modo instintivo, sem pesar se a nossa reação é a mais sensata e útil naquele momento. Se vaguearmos pela vida sem qualquer consciência, não estaremos ao leme do nosso próprio navio - não somos realmente donos das nossas próprias vidas.

Este "reparar" é um momento de mindfulness - o estado da mente quando estamos cientes da nossa experiência do momento presente. (...) É uma característica da atenção - mas não um foco fixado e concentrado que exclui tudo o resto, que é outra coisa. O mindfulness é mais expansivo e recetivo.

Quando usamos o mindfulness para nos determos e repararmos no que nos rodeia, nos nossos sentimentos ou nos acontecimentos do momento, ficamos mais cientes do que se está a passar. Estres momentos de consciência são o que nos faz sentir mais vivos e mais ligados ao mundo à nossa volta. Se não estivermos conscientes do que se passa em redor, não conseguimos valorizá-lo. Isto significa que, se não repararmos nos momentos de quietude nas nossas vidas, não conseguimos beneficiar dos silêncios que eles trazem consigo.

O mindfulness ajuda-nos a reconhecer as nossas experiências do momento presente. Se não prestarmos atenção, momentos belos e pacíficos passarão por nós sem sequer darmos conta."

Fonte: "Arte do Silêncio", Amber Hatch