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POEMA

  • Foto do escritor: caminhodosanjos
    caminhodosanjos
  • 3 de jun. de 2020
  • 1 min de leitura

Nego-me a submeter-me ao medo,

Que me tira a alegria de minha liberdade,

Que não me deixa arriscar nada,

Que me torna pequeno e mesquinho,

Que me amarra,

Que não me deixa ser direto e franco,

Que me persegue,

Que ocupa negativamente a minha imaginação,

Que sempre pinta visões sombrias.

No entanto não quero levantar barricadas por medo do medo,

Eu quero viver, não quero encerrar-me.

Não quero ser amigável por medo de ser sincero.

Quero pisar firme porque estou seguro,

E não para encobrir o medo.

E quando me calo, quero fazê-lo por amor

E não por temer as consequências de minhas palavras.

Não quero acreditar em algo só por medo de não acreditar.

Não quero filosofar por medo de que algo possa atingir-me de perto.

Não quero dobrar-me só porque tenho medo de não ser amável.

Não quero impor algo aos outros pelo medo de que possam impor algo a mim.

Por medo de errar não quero me tornar inativo.

Não quero fugir de volta para o velho, o inaceitável, por medo de não me sentir seguro no novo.

Não quero fazer-me de importante porque tenho medo de ser ignorado.

Por convicção e amor quero fazer o que faço e deixar de fazer o que deixo de fazer.

Do medo quero arrancar o domínio de dá-lo ao amor.

E quero crer no reino que existe em mim.


Autor: Rudolf Steiner

Fonte: Arte Médica Ampliada – revista da Associação Brasileira de Medicina Antroposófica. Ano XXX, No. 1 (outono, 2010), p. 41.



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